
As senhas estão com os dias contados!
Publicação em 05.07.22
Arte de Jorge Borcelli – Divulgação EV

O fim das senhas?
Durante a recente convenção on line da Apple com desenvolvedores, realizada em junho no Apple Park (sede da empresa em Cupertino, Califórnia) e sem plateia presencial, a melhor das notícias não foi sobre produtos - foi sobre serviços. Um item chamou a atenção: o próximo fim das senhas. Ponto vulnerável na segurança cibernética e maior responsável por invasões contra empresas, governos e pessoas comuns, as senhas frágeis estão prestes a acabar.
Os humanos costumam criar combinações frouxas para acessar coisas valiosas: as cinco senhas mais comuns (acreditem!) são 123456, 123456789, 12345, qwerty (que são as seis primeiras letras nos teclados) e... password!
Numa sessão do Conselho Seccional da OAB/RS – bem antes da pandemia – uma conversa abordou “a vulnerabilidade geral das senhas”. Um conselheiro então contou sua criatividade: a cada três meses, no dia 1º, ele passava a usar uma nova senha: embaralhava mentiras ou ironias com caracteres especiais.
E logo arrancou gargalhadas ao revelar que, a sua senha anterior – criada justamente num dia 1º de abril - tinha sido $juizes@odeiam#penduricalhos... – eram 31 caracteres, incluindo os especiais e as reticências...
A encrenca das senhas tem sido tão grande que já existe, desde 2013, a Fido - Fast Identity On-line Alliance. É um consórcio de empresas de tecnologia, agências governamentais, provedores de serviços e instituições financeiras com o objetivo de eliminar o uso de senhas em sites, aplicativos e dispositivos. Sua missão: “desenvolver e promover padrões de autenticação que ajudem a reduzir a dependência excessiva do mundo em senhas".
Na convenção da Apple, o vice-presidente de tecnologia da empresa, Darin Adler, anunciou que a partir de setembro novos hardwares da empresa usarão uma “credencial de próxima geração que é mais segura, fácil de usar e substituirá as senhas”. A novidade: chaves de acesso (passkeys) utilizarão criptografia de ponta a ponta (como a de aplicativos de mensagens). A partir daí será aberto um par de chaves matematicamente relacionadas: uma pública, uma privada. Em seguida, o cidadão usará o Touch ID ou o Face ID e… seu iPhone, iPad ou Mac farão o restante.
(In) crédulos, ou convictos, esperemos pela chegada de 1º de setembro. Faltam menos de dois meses para começarmos a aprender!

Pensando em mudar-se?
Pesquisa de custo de vida da Mercer - consultoria e maior gestora de ativos terceirizados do mundo - mostra onde é mais caro para a vida de executivos que provêm de outros países. Foram analisadas 227 cidades – e Porto Alegre não está entre elas.
Hong Kong lidera o ranking, seguida por quatro cidades da Suíça: Zurique, Genebra, Basileia e Berna. A primeira sul-americana mais voraz é Buenos Aires (114ª posição); São Paulo está bem atrás (168ª); e o Rio de Janeiro é a 176ª .
Alguém se habilita?

Não sobe, nem desce
O colunista precisou, no Rio de Janeiro, se valer dos serviços do Banrisul, em Copacabana. Percebeu-se o trabalho competente da gerente-geral Neíta Vieira (gaúcha) e sua equipe prestimosa, etc. Mas... em consequência de uma chuvarada que – em abril de 2019 - alagou várias ruas do bairro, o subsolo do prédio da agência bancária foi alcançado pela água, houve pane no elevador e queima do maquinário. O conserto da máquina nunca ocorreu.
Na ciranda, não se entendem a direção-geral do banco, a Prefeitura do Rio, a empresa de manutenção do elevador e a empreiteira que faria a obra. Entrementes, danem-se clientes que precisam alcançar, pelas escadas o segundo e o terceiro andares.
Alguém está dando de ombros para a lei da mobilidade e as posturas municipais. E a direção do Banrisul talvez desconheça que “Copacabana é o bairro com maior número de idosos do país” – como afirmou o último censo do IBGE.
Ali 43.431 moradores têm mais de 60 de idade.

Justa causa mantida
Comentários que - via aplicativo de celular - desqualificam o/a empregador/a, violam a boa-fé objetiva, autorizando o rompimento do contrato de trabalho por justa causa. Com esta linha, a 6ª Turma do TRT da 4ª Região negou recurso de um auxiliar administrativo dispensado por justa causa, por “falar mal da Sociedade de Educação Ritter dos Reis num grupo de WhatsApp”.
Segundo o processo, o ex-empregado acusou a faculdade de designar professores sem formação para ministrar disciplinas: ‘‘Essa empresa é um lixo (…); Quero mais que se fxxx ; (…) que absurdo, é só nome e dinheiro; (…) Bah, que vergonha; (…) Vamos ficar sem universidade; (…) Ainda os preços das cadeiras EAD são iguais aos das presenciais..; professores que não são formados naquela disciplina…; palhaçada; (…) Cada vez se confirma mais que está uma tremenda bxxxx’’. (Proc. nº 0020763-47.2019.5.04.0025).
Nota do editor: nas mensagens originais, os palavrões aparecem na íntegra.