
Um contrato de R$ 50 milhões para a superior segurança do STJ
Publicação em 28.07.20Visual Hunt - Imagem meramente ilustrativa

· Superior segurança
O STJ planeja gastar R$ 2,53 milhões mensais - por um período de 20 meses, a serem pagos a uma empresa que garanta "segurança pessoal, escolta e condução de veículos oficiais de representação e de transporte institucional". Os agentes - em número não especificado - ficarão lotados em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
O centro da atuação será no Distrito Federal, onde - entre outras coisas - "deverá ser impedida a colocação de cartazes ou faixas, nas áreas externas das residências ou dos edifícios, de qualquer natureza, quando não autorizados". A conclusão aritmética é infalível: serão gastos R$ 50.600.000,00.
· Inferior insegurança
É possível que milhares de cidadãos comuns - gente do bem como os 33 doutos - estejam enciumados. Gostariam, talvez, de serem também privilegiados merecedores - conforme o edital - da “realização de supervisão motorizada nas residências dos ministros".
Que, naturalmente, é paga com dinheiro público.
· A volta por cima
O livro “Humankind” (espécie humana, em tradução livre) - que demonstra como os humanos prosperam em crises - será lançado no Brasil, antes do fim do ano, pela editora Planeta. O original mostra como foi a prosperidade de recuperações durante as crises ao longo da história.
Ainda sem título em português, a obra traz uma nova perspectiva sobre os últimos 200 mil anos de história da humanidade. O autor é o holandês Rutger Bregman - que também já escreveu “Utopia para os Realistas” - sustenta que “os seres humanos são dedicados ao bem e voltados para a cooperação, ao invés da competição”. E que essas características sempre permitiram e permitirão o sucesso da espécie no planeta. Amém!
· Nas gavetas
Revelação instigante feita pelo jornalista Lauro Jardim, em seu blog de O Globo: “Repousam, há dois meses, nas gavetas da presidência do STF doze inquéritos originados a partir da delação de Sérgio Cabral. Estão à espera de Dias Toffoli definir quem serão os relatores”.
Toffoli estaria esperando a posse de Luiz Fux para transferir-lhe a titularidade do pepino? O tamanho da acidez alcança de ministros do STJ e do TCU, até senadores e deputados. São muitas histórias destinadas a dar confusão.
· Faltou o dever de casa
A OAB defendeu no STF, em 2012, as cotas raciais nas universidades públicas; e em 2017, no funcionalismo público. Mas ainda não fez o dever dentro de casa.
Dos 81 integrantes do Conselho Federal só um é negro. Chama-se André Costa.
Justamente ele protocolou, na semana passada, uma proposta de alteração. Quer que as eleições em todas as seccionais e no próprio CF-OAB, a partir de 2021, reservem 30% das vagas para candidatos negros. Valeria também nas eleições de 2024 e 2027.
· As capitais do 'home office'
A pesquisa Pnad Covid de junho - feita por telefone e divulgada pelo IBGE - apurou que o Distrito Federal tinha 25,8% da sua população ocupada trabalhando remotamente; no Rio são 22,8%. E em Porto Alegre, 21,9% - o que corresponde a cerca de 325 mil trabalhadores.
Nessas três cidades, o nível superior predomina entre os trabalhadores remotos. E o percentual de mulheres trabalhando remotamente superou o dos homens: duas por um.
· Epicentro da riqueza
O economista Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas, laborou em estatísticas e contas, e concluiu que a maior renda por habitante nas capitais brasileiras é a de Florianópolis (R$ 3.998 mensais), seguida por Porto Alegre e Vitória. Depois vêm Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
A renda média de Brasília não está no ápice: é de R$ 2.981, mas o cálculo inclui todos os habitantes - e não apenas quem declara e paga o Imposto de Renda.
Mas... calculando só entre os que estão quites com o leão da pessoa física (IRPF), a renda pula para R$ 11. 994. No Lago Sul, região nobre brasiliense, a grana mensal individual chega a R$ 38.460. Não há nenhum município no Brasil com esta renda.
O economista conclui com uma frase sutil: “O Lago Sul é o epicentro da riqueza brasileira”.
· A propósito de Brasília
O Lago Paranoá é um lago artificial localizado em Brasília, capital do Brasil. Foi concretizado com a construção da cidade, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek.
É formado pelas águas represadas do Rio Paranoá. Tem 48 quilômetros quadrados de área, profundidade máxima de 38 metros e 80 quilômetros de perímetro, com algumas praias artificiais, como a "Prainha" e o "Piscinão do Lago Norte". Foi criado com o objetivo de aumentar a umidade em suas proximidades.
Ao redor do lago, há vários bares e restaurantes. As regiões do Lago Sul e Lago Norte derivam seus nomes do lago. Cada uma ocupa uma das duas penínsulas.
No Lago Sul é que mora o dinheiro.